Uma equipe da Cruz Vermelha resgatou 27 pessoas de um bairro sitiado da cidade de Homs, na Síria, mas aparentemente não conseguiu retirar dois jornalistas feridos nem recuperar os corpos de dois outros que foram mortos por um ataque do governo nesta semana. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (ICRC, na sigla em inglês) informou ontem que uma equipe local entrou no bairro de Baba Amr, mas o porta-voz Hicham Hassan disse não ter certeza de que os jornalistas feridos estavam com eles.
Um comunicado anterior informava que sete pessoas foram levadas para o hospital particular de al-Amin, que fica na região. Também não ficou claro para onde as outras pessoas foram levadas. A jornalista francesa Edith Bouvier, do Le Figaro, e o fotógrafo britânico Paul Conroy, do Sunday Times, pediram ajuda para sair da cidade depois de terem sido feridos em um ataque do governo a um centro de imprensa na quarta-feira.
O fotógrafo francês William Daniels, que não foi ferido, também estava no grupo, assim como o jornalista espanhol Javier Espinosa. No mesmo ataque a correspondente norte-americana Marie Colvin, também do Sunday Times, e o fotógrafo francês Remi Ochlik foram mortos.
O esforço para retirar os jornalistas e os cidadãos sírios feridos da cidade faz parte de uma tentativa internacional ampla para levar ajuda a pessoas nas áreas mais atingidas pela repressão do regime aos protestos contra o presidente Bashar Assad. Mas a incapacidade da Cruz Vermelha de cumprir todo o plano não soa bem para o futuro da ajuda internacional.
O Ministério de Relações Exteriores do país acusou "grupos armados" de se recusarem a entregar os jornalistas e um ativista local, Abu Mohammed Ibrahim, contactado por meio do programa de comunicação online Skype, afirmou que os jornalistas se recusaram a partir porque o ICRC não entrou na área, apenas a Crescente Vermelha Síria, que, segundo ele, está cheia de "colaboradores do regime".
O Ministério de Relações Exteriores do país acusou "grupos armados" de se recusarem a entregar os jornalistas e um ativista local, Abu Mohammed Ibrahim, contactado por meio do programa de comunicação online Skype, afirmou que os jornalistas se recusaram a partir porque o ICRC não entrou na área, apenas a Crescente Vermelha Síria, que, segundo ele, está cheia de "colaboradores do regime".
"Os jornalistas também se recusaram a entregar os corpos", disse Ibrahim. "Eles não sabem o que o governo fará com eles", acrescentou. As informações são da Associated Press.
Fonte: Agência Estado
Nenhum comentário:
Postar um comentário