terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

“É preciso preparar os cidadãos”

Eengenheiro e pesquisador da UFSC, Rafael Schadeck é um dos responsáveis pelo Planejamento Nacional para Gerenciamento de Riscos (PNGR). Atualmente, ele está no Japão, participando de um curso de Gerenciamento de Riscos de Desastres. Para o pesquisador, temos muito a aprender com o país oriental que, mesmo geograficamente feito para dar errado, minimizou os desastres naturais para se tornar uma das principais economias do mundo.
Diário Catarinense – Em janeiro, 840 mil pessoas (13,45% da população de SC) foram afetadas pelas chuvas. O que pode ser feito para que isso não se repita?
Rafael Schadeck – Eventos severos irão eventualmente ocorrer sem que possam ser evitados. Cabe a nós, desenvolver ações para a redução de riscos. Desde o desastre de novembro de 2008, a Defesa Civil do Estado realiza avaliações das áreas com suscetibilidade a deslizamentos. Identificadas, os técnicos do Ceped fazem o trabalho em campo e elaboram os relatórios. Agora, o projeto foi renovado e está sendo ampliado para todo o Brasil.
DC – Qual a maior carência hoje do Estado para evitar que tanta gente seja afetada pelas chuvas?
Schadeck – A necessidade maior é uma integração dos diversos setores que têm ações relacionadas à redução de risco (órgãos governamentais, universidades, institutos, corpo militar, ONGs etc), para que os esforços sejam direcionados de forma correta e eficiente. Não só no que diz respeito a tecnologias, mas principalmente nas ações de sensibilização, educação e preparação das comunidades. A redução dos danos está relacionada ao grau de preparação dos cidadãos frente ao desastre.
DC – O que outros países fizeram que o Brasil ainda não fez?
Schadeck – No Japão, 16 anos atrás, a cidade de Hyogo foi atingida por um terremoto, onde morreram 6.434 pessoas, quase 250 mil edificações foram destruídas, com um prejuízo de U$ 10 bilhões. Só que hoje, a cidade é referência mundial em redução de risco e preparação para situações de desastres. É importante preparar a população. No caso do Rio de Janeiro, nos chamou a atenção a dificuldade de acesso aos locais pelas equipes de resgate. Fica evidente a necessidade de preparo da população para as ações de primeira resposta, pois são estas que podem salvar muitas vidas.
(Diário Catarinense, 18/02/2011)
Fonte: Diário Catarinense

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Jaboatão foi o município mais atingido pelas chuvas

As chuvas que estão caindo em Pernambuco, principalmente na zona Leste do Estado, desde a madrugada deste domingo (20), fez mais estragos em Jaboatão dos Guararapes, segundo registro da Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe). A segunda cidade mais atingida pela chuva foi o Recife. Não há registro de feridos ou mortos. No entanto, a maioria dos atendimentos da Codecipe foram para a colocação de lonas plásticas em barreiras e vistorias.
A Codecipe registrou cinco ocorrências. Três desses chamados aconteceram no Ibura, onde foram registrados dois deslizamentos e o transbordamento do canal que fica na Vila das Aeromoças, na UR 05. A Coordenadoria da Defesa Civil do Recife (Codecir) ficou responsável pela retirada das famílias atingidas por esse transbordamento.
Já os atendimentos da Codecipe em Jaboatão foram por causa da queda de uma muro de uma casa, na Vila Nossa Senhora de Piedade, e um deslizamento de barreira no Curado 4.
Segundo Defesa Civil de Jaboatão, foram registrados mais de 60 chamados pelos moradores da cidade.
Jaboatão – Pelo menos 30 famílias do Conjunto Marcos Freire, no bairro de Marcos Freire, tiveram que deixar os apartamentos ondem moram, por causa de um alagamento provocado pelas chuvas que atingem Pernambuco desde a madrugada. Segundo as informações da Defesa Civil do município, ainda foram registrados vários deslizamentos de barreiras, principalmente nos bairros de Jaboatão Centro, Curado e Cavaleiro. Ninguém ficou ferido, nem há registro de mortos.
De acordo com o gerente da Defesa Civil de Jaboatão, Coronel Luiz Gonzaga Dutra, as 30 famílias do Conjunto Marcos Freire foram levadas para uma creche do bairro. No local, eles receberam cobertores e alimentação.

Serviço:
Codecipe – 199
Codecir – 0800 081 3400
Defesa Civil de Jaboatão – 0800 281 2099



Fonte: http://arcadenoe.ning.com/profiles/blogs/jaboatao-foi-o-municipio-mais

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Artigos na revista Nature afirmam que as chuvas ficaram mais intensas no fim do século XX devido às mudanças climáticas e que nunca antes a ciência esteve tão perto de comprovar os efeitos do "fator homem" no clima

Toda a vez que ocorre algum fenômeno climático extremo, como secas prolongadas ou tempestades, sempre vem a dúvida se são eventos causados pelas mudanças climáticas. Mesmo as declarações de especialistas costumam ser vagas nessas ocasiões, com opiniões do tipo: “existem indícios” ou “é muito cedo para afirmar”.
Por isso merecem destaque dois estudos publicados na edição desta quarta-feira (16) da revista Nature. Um deles afirma que o aumento das chuvas registrado depois de 1950 se deve com certeza ao aquecimento global e que isso pode ser relacionado à ação do homem. O outro liga a enchente do ano 2000 no Reino Unido com as emissões de gases do efeito estufa após a revolução industrial.
“Os modelos climáticos melhoraram muito nos últimos dez anos. Nós podemos agora dizer com confiança que o aumento da intensidade das chuvas nas décadas finais do século XX não pode ser explicada sem levarmos em conta as emissões de gases do efeito estufa”, afirmou Gabriele Hegerl, da Universidade de  Edimburgo e autora do estudo “Human contribution to more-intense precipitation extremes”.
O trabalho, realizado por pesquisadores canadenses e britânicos, observou a frequência e a intensidade das chuvas no Hemisfério Norte durante o período de 1951 a 1999.
Apesar de existirem variações de ano para ano, no geral as tempestades foram ficando mais comuns com o passar do tempo. Segundo os modelos computacionais utilizados, nada explica o porquê disso além da possível mudança na composição da atmosfera.
“Nós conseguimos estabelecer uma ligação entre a influência antropogênica e as transformações na precipitação. O que ainda não podemos quantificar é o tamanho dessa influência”, explicou Xuebin Zhang, da agência governamental canadense Environment Canada.
O estudo também aponta que os modelos computacionais mais utilizados atualmente subestimam o quanto cresceu a quantidade de chuvas no planeta.
Fator Homem
Já a pesquisa “Anthropogenic greenhouse gas contribution to flood risk in England and Wales in autumn 2000”utilizou simulações climáticas para avaliar as enchentes no Reino Unido em 2000, ano que teve os meses de outubro e novembro mais úmidos já registrados desde 1766.
Algumas dessas simulações foram rodadas excluindo as emissões geradas pela humanidade. Dessa maneira, foi possível descobrir que o “fator homem” teria dobrado a possibilidade desses eventos acontecerem.
“Para termos certeza dos dados, nós rodamos as simulações milhares de vezes”, salientou Pardeep Pall, líder do estudo.
Essa tarefa só foi conseguida porque mais de 50 mil pessoas emprestaram seus computadores para a pesquisa, participando através do site www.climateprediction.net. O que demonstra como a população em geral já está engajada na luta contra as mudanças climáticas
Segundo um dos autores do estudo, Myles Allen, da Universidade de Oxford, essas pesquisas serão úteis para o desenvolvimento de projetos de mitigação e adaptação, podendo ainda facilitar a consolidação de acordos internacionais.
“Uma base científica sólida que demonstre com clareza a influência do homem no clima irá convencer os países mais ricos a ajudar as nações mais pobres e vulneráveis”, disse.
Apesar de estar mais concreta do que nunca a hipótese de que o homem é um grande fator nas mudanças climáticas, os próprios pesquisadores alertam que ainda existem muitas incertezas.
“O que queremos é que mais centros de pesquisas reproduzam nosso método e que os dados sejam compartilhados para que finalmente tenhamos uma conclusão”, afirmou Allen.

Fonte: http://www.nature.com/nature/journal/v470/n7334/


domingo, 13 de fevereiro de 2011

Banco Mundial discute apoio na gestão de riscos e desastres no Brasil

Brasília - Discutir práticas e experiências internacionais na área de Defesa Civil foi o objetivo do workshop sobre gestão de riscos no Brasil realizado pelo Banco Mundial, nesta quarta-feira (09/02), em Brasília. A proposta é desenvolver um grande planejamento de ações que serão desencadeadas por diversos órgãos do governo brasileiro com foco na prevenção e gestão de riscos e desastres.
Participaram os representantes dos Ministérios da Ciência e Tecnologia, Meio Ambiente, Cidades, e Planejamento, Orçamento e Gestão; entre eles, estava o secretário Nacional de Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional, Humberto Viana, que afirmou a necessidade de se criar um Planejamento para engajar todos os operadores do setor.
“Sentimos uma enorme dificuldade de integração da Defesa Civil Nacional com os diversos órgãos do governo brasileiro, academias e organizações não-governamentais e além de apoio internacional, que possuem ações, produtos e instrumentos que possam colaborar na prevenção do gerenciamento de risco e desastres”, explicou o Secretário.
De acordo com a secretária Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Inês Magalhães, a atuação da pasta se baseia em ações preventivas e corretivas. A primeira aborda planos de redução de riscos, como o aperfeiçoamento da política fundiária. Já a segunda, visa à urbanização nas favelas. “Já foram investidos R$ 100 bilhões na urbanização das favelas”, disse.
Além disso, ela afirmou que a prevenção de desastres naturais urbanos passa a ser um importante instrumento na política urbana. “É preciso criar um programa de fiscalização e controle do uso da ocupação do solo urbano, em face das áreas de maior suscetibilidade”, explica Magalhães.

No evento, o especialista em gerenciamento de riscos de desastres do Banco Mundial, Joaquim Toro, apresentou as diretrizes do Plano Nacional de Gestão de Integração de Riscos (GIRD), que possui como estratégia de desenvolvimento três pontos: gestão para reduzir riscos existentes, ação para evitar futuros riscos e ações para responder aos desastres.
A ideia é que cada órgão seja responsável pela sua atuação de forma eficaz visando o ordenamento territorial, normas e códigos de construção, mecanismos de controle, educação, construção de infraestrutura, bioengenharia, reassentamentos, manejo de bacias, planos de emergência e contingência, sistemas de alerta, simulações e estratégias de financiamentos.
“É necessário que se dê a responsabilidade a comunidade também. Todos nós somos responsáveis pela gestão de risco desde a Presidenta até o município”, ressaltou o especialista do Banco Mundial.
Ele relatou ainda diferentes modelos de controle de prevenção de riscos com tecnologia avançadas, bem como Turquia, Japão e Estados Unidos da América, Chile, Espanha, México, Colômbia.
Dessa reunião, será desencadeado um cronograma de diversas ações bem como o GIRD, um Seminário Internacional de gestão de risco e desastre, Integração entre Estados e Municípios e até propostas de alterações legislativas.

Fonte:http://defesacivil.gov.br/noticias/noticia.asp?id=5551

Imagens de satélite da NASA

Imagens da Região Serrana do Rio de Janeiro após evento extremo do dia 12 de janeiro 2011. Observem cicatrizes dos escorregamentos de massa nas encostas.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Com ajuda do Brasil e Cruz Vermelha, Colômbia liberta mais dois reféns das Farc

Acabou neste sábado de forma bem-sucedida a penúltima etapa das operações de resgate dos cinco reféns das Forças Armadas Revolucionárias Colombianas (Farc). O vereador Armando Acuña e o militar da Marinha Henry López Martínez foram libertados no final desta tarde. Para este domingo é esperado o resgate de mais três reféns, um a mais do que o acertado inicialmente.

Nesta última operação estão previstas as entregas do policial Carlos Alberto Obando Pérez, que trabalhava como escolta quando foi sequestrado em 28 de dezembro de 2010, do major da polícia Guillermo Solórzano, sequestrado em junho de 2007, e do cabo do exército Salín Sanmiguel, preso desde maio de 2008, no departamento de Tolima (centro).
As operações de resgate mobilizaram 22 militares e dois helicópteros do Exército do Brasil, integrantes do governo da Colômbia, do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, a ex-senadora Piedad Córdoba e representantes Colombianos e Colombianas pela Paz, uma organização não governamental. 
A primeira etapa das ações foi realizada no último dia 9 com a libertação do vereador Marcos Baquero. No resgate de hoje a equipe saiu do departamento de Caquetá, na região de Florencia (na Colômbia), em direção a dois pontos distintos na selva amazônica para resgatar Acuña e Martínez. Os locais para os resgastes foram definidos pelos guerrilheiros. 
A libertação dos reféns foi condicionada a um acordo que gerou protocolos de segurança negociados entre as Farc e o governo do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e intermediados pela Cruz Vermelha e por Piedad Córdoba. Por estes protocolos, ficam suspensas as operações militares - apenas por um determinado tempo - nas regiões onde ocorrerão as libertações. Porém, Santos avisou que vai intensificar o combate à guerrilha colocando dois mil militares em alerta nas regiões de Huila e Caquetá, onde há batalhões dos guerrilheiros. Embora esteja determinado a fechar o cerco contra os guerrilheiros, Santos anunciou que serão libertados mais 16 reféns, mas não informou data, nem detalhes.
A guerrilha das Farc, criada em 1964 e ativa em cerca da metade do território colombiano, ainda mantém 18 reféns que ela qualifica de "prisioneiros políticos". São policiais e militares que pretende trocar por seus combatentes presos. Uma centena de civis estariam detidos por esta guerrilha e a do ELN (Exército de Libertação Nacional) segundo as autoridades colombianas.

Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Mundo&newsID=a3207307.xml

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Criado o grupo de trabalho que irá propor mudanças no Sistema Nacional de Defesa Civil

Brasília – As propostas para a modernização do Sistema Nacional de Defesa Civil (Sindec) serão debatidas nos próximos dias por um Grupo de Trabalho Especial (GTE) instituído pelo Ministério da Integração Nacional. A criação do GTE foi anunciada pelo Ministro Fernando Bezerra Coelho durante a reunião do Conselho Nacional de Defesa Civil (Condec), realizada em Brasília no mês de janeiro.
O relatório final, com as sugestões de medidas que fortaleçam a gestão de risco e desastre no Brasil, deverá ser apresentado dentro de dois meses, segundo estabelece a portaria de criação do GTE publicada nesta quinta-feira (10/02), no Diário Oficial da União.
Para o coordenador do Grupo e assessor especial do Ministério da Integração, José Machado, o ponto de partida das análises deverão ser os eventos críticos ocorridos este ano na região serrana do Rio de Janeiro. Ele acrescenta que o relatório, “de caráter independente, será um documento precioso a ser incorporado ao debate que se trava sobre o assunto e ao esforço que o governo federal está fazendo para reformular a política de gestão de risco e desastre no Brasil”.
Os demais membros do Grupo de Trabalho são o presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, José Luiz Alquéres (relator); o diretor-presidente da Ligth S.A, Jerson Kelman; o presidente do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), Marcos Túlio de Melo; o diretor da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro, Joaquim Galvão; o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia, Carlos Nobre; e José Magalhães de Souza, da Cáritas Brasileira (organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
Pelos termos da portaria, os integrantes do grupo de trabalho não serão remunerados pela participação no GTE, sendo o seu trabalho considerado de elevado interesse público.

Fonte: http://www.defesacivil.gov.br/noticias/noticia.asp?id=5553

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Opinião: O Código Florestal e o novo legislativo federal

Nesta semana o Congresso Nacional retoma suas atividades legislativas e o Código Florestal está entre as prioridades das prioridades da Casa. O embate pelo Código Florestal Brasileiro (CFB) promete ser duro no primeiro semestre deste ano. Se mantido o disposto no Decreto 7.029, publicado em 11 de dezembro de 2009, os produtores rurais têm até o próximo dia 11 de junho para atender a exigência de averbação da Reserva Legal de suas terras. Isso certamente irá elevar a temperatura do lado da bancada ruralista, que deverá pegar pesado na defesa dos seus interesses.
 Na nossa avaliação, o substitutivo ao PL 1.876/1999 aprovado na Comissão Especial do CFB da Câmara dos Deputados está baseado numa premissa errônea: a de que o desenvolvimento da agricultura brasileira depende fundamentalmente da expansão das fronteiras agrícolas.
 Ilude-se quem crê que a reformulação do CFB proposta pelo substitutivo beneficiará ao conjunto das pessoas e famílias que dependem da agricultura. Ela é pautada por interesses unilaterais do empresariado rural que controla a dinâmica produtiva rural brasileira, nitidamente voltada para o agronegócio nacional e para o mercado externo. O mesmo setor que, segundo estudo divulgado recente pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), chega fortalecido ao Congresso Nacional em 2011.
 Se aprovado, o substitutivo deverá propiciar um aumento considerável na substituição de áreas naturais por áreas agrícolas, em muitos casos em locais extremamente sensíveis, como são as áreas alagadas, a vegetação ciliar ou ripária de rios, riachos, lagos, lagoas e banhados, os topos de morros e as áreas com alta declividade (encostas).
Promoverá um aceleramento da ocupação de áreas de risco em inúmeras cidades brasileiras, bem como a impunidade devido à anistia proposta àqueles que desrespeitaram a legislação ambiental até meados de 2008. Haverá mais degradação ambiental no meio rural e urbano, com decréscimo e fragmentação acentuada da biodiversidade; aumento das emissões de carbono para a atmosfera; e aumento das perdas de solo por erosão, com conseqüente assoreamento de rios e córregos. Conjugadas, promoverão perdas irreparáveis em serviços ambientais, das quais a própria agricultura e a qualidade de vida das famílias rurais dependem sobremaneira, especialmente no caso da agricultura familiar que está se incorporando a Revolução Agroecológica.
 A isso se soma o aumento da vulnerabilidade e do risco de desastres naturais ligados a deslizamentos em encostas, estiagens prolongadas, aumento da ocorrência de inundações e enchentes nas cidades e áreas rurais. Eventos dessa natureza nas regiões Norte e Nordeste no último ano são um bom indicador do que nos espera num futuro próximo caso a degradação ambiental avance, respaldada pelas mudanças legais e administrativas propostas no substitutivo do deputado Rebelo.
 Os territórios indígenas, as unidades de conservação e outras áreas protegidas certamente serão ainda mais pressionadas. Além da maior dificuldade para seu reconhecimento legal e implantação, o que já vem acontecendo, haverá uma maior pressão sobre os recursos naturais ai existente.
 Os últimos três anos foram marcados pela batalha em gangorra entre ruralistas e ambientalistas, entre aumentar a produção e conservação no Congresso Nacional, no Poder Executivo, no Judiciário, na mídia e outros fóruns de debate. É necessário sair dessa gangorra, garantindo a possibilidade de crescimento da produtividade sem que isso implique no agravamento do quadro de degradação ambiental existente no país.
 O anuncio da divulgação para breve de um documento preparado pelas duas principais instituições científicas do país, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) poderá ajudar e muito para esclarecer vários pontos do debate. Entendemos que o referido documento será crucial para que instituições representativas da sociedade civil tenham acesso a uma base sólida de conhecimento para embasar seu esforço mobilizador e de capilaridade para tratar do assunto no Congresso Nacional que inicia nesta semana nova legislatura.
Por Ricardo Verdum*
* Doutor em antropologia pela Universidade de Brasília (UnB) é assessor político do Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC)

Fonte: Instituto de Estudos Socioeconômicos

Curso Básico de Meteorologia por Satélite


Objetivo Geral

Fornecer aos alunos informações necessárias para a compreensão dos produtos gerados na Divisão de Satélite e Sistemas Ambientais do CPTEC/INPE.

INSCRIÇÃO E MAIS INFORMAÇÕES: 

http://pindara.cptec.inpe.br/cursos/metSatelite/#/areas/br/home.html

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Aviso meteorológico



Brasília- A Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec), do Ministério da Integração Nacional, em apoio ao Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), divulga o Aviso Meteorológico Especial nº 45/2011 com ocorrência de chuva às Coordenadorias Estaduais de Defesas Civis (Cedecs).
Hoje (02/02), as condições meteorológicas são favoráveis à ocorrência de chuva com intensidade moderada a forte sujeita a trovoadas e rajadas de vento em áreas isoladas no oeste e meio-oeste de Santa Catarina, oeste e centro-norte do Paraná, Mato Grosso do Sul (especialmente centro, sudeste, leste e nordeste), São Paulo, sul e triângulo mineiro, centro-oeste e norte do Maranhão, sudeste do Amazonas, leste do Amapá e nordeste do Pará.
Nesta quinta-feira (03/02), a previsão também é de chuva com intensidade moderada a forte favoráveis à ocorrência de trovoadas e rajadas de ventos ocasionais em áreas isoladas Mato Grosso do Sul (especialmente centro, sudeste, leste e nordeste), São Paulo, sul e triângulo mineiro, sudeste do Amazonas, leste do Amapá e nordeste do Pará.

Fonte: http://www.defesacivil.gov.br/noticias/noticia.asp?id=5493