Acabou neste sábado de forma bem-sucedida a penúltima etapa das operações de resgate dos cinco reféns das Forças Armadas Revolucionárias Colombianas (Farc). O vereador Armando Acuña e o militar da Marinha Henry López Martínez foram libertados no final desta tarde. Para este domingo é esperado o resgate de mais três reféns, um a mais do que o acertado inicialmente.
Nesta última operação estão previstas as entregas do policial Carlos Alberto Obando Pérez, que trabalhava como escolta quando foi sequestrado em 28 de dezembro de 2010, do major da polícia Guillermo Solórzano, sequestrado em junho de 2007, e do cabo do exército Salín Sanmiguel, preso desde maio de 2008, no departamento de Tolima (centro).
As operações de resgate mobilizaram 22 militares e dois helicópteros do Exército do Brasil, integrantes do governo da Colômbia, do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, a ex-senadora Piedad Córdoba e representantes Colombianos e Colombianas pela Paz, uma organização não governamental.
A primeira etapa das ações foi realizada no último dia 9 com a libertação do vereador Marcos Baquero. No resgate de hoje a equipe saiu do departamento de Caquetá, na região de Florencia (na Colômbia), em direção a dois pontos distintos na selva amazônica para resgatar Acuña e Martínez. Os locais para os resgastes foram definidos pelos guerrilheiros.
A libertação dos reféns foi condicionada a um acordo que gerou protocolos de segurança negociados entre as Farc e o governo do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e intermediados pela Cruz Vermelha e por Piedad Córdoba. Por estes protocolos, ficam suspensas as operações militares - apenas por um determinado tempo - nas regiões onde ocorrerão as libertações. Porém, Santos avisou que vai intensificar o combate à guerrilha colocando dois mil militares em alerta nas regiões de Huila e Caquetá, onde há batalhões dos guerrilheiros. Embora esteja determinado a fechar o cerco contra os guerrilheiros, Santos anunciou que serão libertados mais 16 reféns, mas não informou data, nem detalhes.
A guerrilha das Farc, criada em 1964 e ativa em cerca da metade do território colombiano, ainda mantém 18 reféns que ela qualifica de "prisioneiros políticos". São policiais e militares que pretende trocar por seus combatentes presos. Uma centena de civis estariam detidos por esta guerrilha e a do ELN (Exército de Libertação Nacional) segundo as autoridades colombianas.
Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1§ion=Mundo&newsID=a3207307.xml
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