domingo, 13 de fevereiro de 2011

Banco Mundial discute apoio na gestão de riscos e desastres no Brasil

Brasília - Discutir práticas e experiências internacionais na área de Defesa Civil foi o objetivo do workshop sobre gestão de riscos no Brasil realizado pelo Banco Mundial, nesta quarta-feira (09/02), em Brasília. A proposta é desenvolver um grande planejamento de ações que serão desencadeadas por diversos órgãos do governo brasileiro com foco na prevenção e gestão de riscos e desastres.
Participaram os representantes dos Ministérios da Ciência e Tecnologia, Meio Ambiente, Cidades, e Planejamento, Orçamento e Gestão; entre eles, estava o secretário Nacional de Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional, Humberto Viana, que afirmou a necessidade de se criar um Planejamento para engajar todos os operadores do setor.
“Sentimos uma enorme dificuldade de integração da Defesa Civil Nacional com os diversos órgãos do governo brasileiro, academias e organizações não-governamentais e além de apoio internacional, que possuem ações, produtos e instrumentos que possam colaborar na prevenção do gerenciamento de risco e desastres”, explicou o Secretário.
De acordo com a secretária Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Inês Magalhães, a atuação da pasta se baseia em ações preventivas e corretivas. A primeira aborda planos de redução de riscos, como o aperfeiçoamento da política fundiária. Já a segunda, visa à urbanização nas favelas. “Já foram investidos R$ 100 bilhões na urbanização das favelas”, disse.
Além disso, ela afirmou que a prevenção de desastres naturais urbanos passa a ser um importante instrumento na política urbana. “É preciso criar um programa de fiscalização e controle do uso da ocupação do solo urbano, em face das áreas de maior suscetibilidade”, explica Magalhães.

No evento, o especialista em gerenciamento de riscos de desastres do Banco Mundial, Joaquim Toro, apresentou as diretrizes do Plano Nacional de Gestão de Integração de Riscos (GIRD), que possui como estratégia de desenvolvimento três pontos: gestão para reduzir riscos existentes, ação para evitar futuros riscos e ações para responder aos desastres.
A ideia é que cada órgão seja responsável pela sua atuação de forma eficaz visando o ordenamento territorial, normas e códigos de construção, mecanismos de controle, educação, construção de infraestrutura, bioengenharia, reassentamentos, manejo de bacias, planos de emergência e contingência, sistemas de alerta, simulações e estratégias de financiamentos.
“É necessário que se dê a responsabilidade a comunidade também. Todos nós somos responsáveis pela gestão de risco desde a Presidenta até o município”, ressaltou o especialista do Banco Mundial.
Ele relatou ainda diferentes modelos de controle de prevenção de riscos com tecnologia avançadas, bem como Turquia, Japão e Estados Unidos da América, Chile, Espanha, México, Colômbia.
Dessa reunião, será desencadeado um cronograma de diversas ações bem como o GIRD, um Seminário Internacional de gestão de risco e desastre, Integração entre Estados e Municípios e até propostas de alterações legislativas.

Fonte:http://defesacivil.gov.br/noticias/noticia.asp?id=5551

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