Um relatório do Itep e de universidades públicas de Pernambuco concluiu, em 2010, que 343 prédios-caixão na Região Metropolitana têm problemas de estrutura. A falta de definição sobre o que fazer com estes imóveis se tornou um grave problema que põe em risco a vida de pessoas que insistem em permanecer nos apartamentos.
"Esses prédios são traiçoeiros, porque o problema muitas vezes está na fundação, ninguém vê, e ele pode ruir bruscamente quando não tem elementos estruturais que possam redistribuir os esforços", afirma o engenheiro Carlos Wellington.
Mas nem todas as 6 mil construções desse tipo passaram por uma avaliação rigorosa de engenheiros, mesmo depois de duas tragédias ocorridas em 1999, quando dois prédios desabaram em Olinda, causando a morte de 12 pessoas.
A falta de definição sobre o que deve ser feito para recuperar os prédios que ameaçam cair se arrasta há 11 anos. Em muitos casos, os laudos do Itep e da UFPE não foram o bastante para convencer as famílias a deixar os imóveis.
Há também casos em que os moradores concordaram em sair mas, em pouco tempo, os apartamentos foram ocupados por sem-teto, dispostos a correr o risco. Eles insistem em permacener nos prédios, mesmo com o alerta de que falhas das estruturas nem sempre são aparentes.
No bairro de Jardim Fragoso, em Olinda, todos os cinco blocos de um condomínio fazem parte dos que estão em risco, mesmo depois de uma obra de reforço das estruturas. Lígia Silva ocupa um dos apartamentos com a avó, de 96 anos e, em vez de sair de lá, pensa em comprar o imóvel. "Eu quero legalizar isso aqui e morar sossegada", diz.
No bairro de Jardim Fragoso, em Olinda, todos os cinco blocos de um condomínio fazem parte dos que estão em risco, mesmo depois de uma obra de reforço das estruturas. Lígia Silva ocupa um dos apartamentos com a avó, de 96 anos e, em vez de sair de lá, pensa em comprar o imóvel. "Eu quero legalizar isso aqui e morar sossegada", diz.
A secretária executiva das Cidades de Pernambuco, Juliana Souza Leão, diz que ainda este ano, o Estado vai abrir licitação para contratar empresas de engenharia que vão estudar o que deve ser feito com os 343 prédios sob risco. "A gente está licitando agora a primeira e a segunda etapa que são a execução dos laudos de engenharia e também a contratação dos projetos para uma possível recuperação, demolição e reconstrução desses prédios".
De acordo com a assessoria de imprensa da Caixa Seguradora, algumas pessoas que estavam morando irregularmente nos apartamentos foram retiradas esta semana. A seguradora informou também que a vigilância - no local - foi reforçada e que a obra em alguns prédios já começou.
Fonte:http://pe360graus.globo.com/noticias/cidades/habitacao/2011/08/20/NWS,537747,4,435,NOTICIAS,766-MAIS-300-PREDIOS-CAIXAO-RMR-PROBLEMAS-ESTRUTURA.aspx
Obras de recuperação dos prédios-caixão da RMR só devem começar em 2012
Mais de 300 prédios do tipo caixão ameaçam desabar na Região Metropolitana, aponta um levantamento do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep). Em março de 2010, foi firmado um convênio de cooperação técnica entre os governos federal, estadual e municipal para dar início ao projeto de recuperação destas moradias - que incluem, além das obras, gastos com infraestrutura, auxílio moradia e com mudança e deslocamento das famílias.
Segundo estimativas da Secretaria das Cidades, o valor total para a obra gira em torno de R$ 2,6 bilhões. “Para o Governo do Estado, ficou um valor de R$ 32 milhões, para os municípios R$ 38 milhões e para a União, R$ 297 milhões. E um percentual para a Caixa, pela seguradora, que é de R$ 3,5 milhões de reais”, afirma a secretária executiva da Secretaria Estadual das Cidades, Juliana Souza Leão.
De acordo com ela, a licitação para o edital da primeira etapa do projeto foi feita em julho deste ano. “A primeira etapa são os laudos e os projetos executivos para a recuperação ou demolição desses prédios. Esse projeto está orçado em R$ 10 milhões, para os 340 imóveis com alto risco de desabamento”, explica.
De acordo com ela, a licitação para o edital da primeira etapa do projeto foi feita em julho deste ano. “A primeira etapa são os laudos e os projetos executivos para a recuperação ou demolição desses prédios. Esse projeto está orçado em R$ 10 milhões, para os 340 imóveis com alto risco de desabamento”, explica.
A etapa seguinte, de reconstrução, dependerá do laudo técnico que, segundo a secretária, só deverá ser concluído no ano que vem. “A gente vai terminar a licitação no final de outubro e, em março de 2012, nós estaremos com a empresa contratada, já com o laudo finalizado. Com o laudo técnico, teremos a solução para cada edificação”, diz.
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