O Governo do Espírito Santo, por meio da Secretaria de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb), pretende firmar parcerias com as administrações municipais para o desenvolver planos de redução de riscos de desastres naturais.
A idéia é tentar minimizar os danos causados por inundações, rolamentos de pedras e terra, que vitimam principalmente a população mais vulnerável.
E o pontapé inicial para a apresentação de propostas relacionadas ao tema, foi dado na manhã de ontem, durante a abertura do 1º Seminário de Gestão de Risco Geológico do Espírito Santo, realizado no auditório do Tribunal de Contas Estadual.
Com grande participação popular, o evento reuniu em um só local, representantes de empresas privadas, do Governo do Espírito Santo, do Ministério do Planejamento, diretores de construtoras, da Secretaria de Patrimônio da União, Petrobras, universidades públicas e privadas e geólogos do Estado do Rio de Janeiro, totalizando somente na parte da manhã, 230 pessoas.
Seminário - O seminário foi aberto pelo secretário Iranilson Casado, que ressaltou a relevância da realização dos debates, como forma de buscar soluções adequadas para que problemas causados por fenômenos naturais sejam evitados e minimizados.
“São diversos os fatores que ocasionam um desastre natural. E nosso papel durante o seminário será informar e orientar a todos sobre os riscos que, por exemplo, uma ocupação desordenada pode trazer para a população. De imediato, ressalto que o Governo do Espírito Santo está presente com ações que visam minimizar e solucionar esses problemas. Pretendemos ainda firmar parcerias com os municípios para execução do Plano de Prevenção de Desastres, pois temos o dever de trabalhar para levar mais segurança aos capixabas, evitando que tragédias aconteçam”, disse o secretário.
As palestras foram conduzidas por especialistas renomados. Joaquin Toro, do Banco Mundial, debateu com a platéia o tema “Por que fazer gestão de risco?”, ocasião em que expôs um panorama sobre os desastres naturais em diversos países, entre eles o Brasil. Ele elogiou a iniciativa do Espírito Santo em buscar soluções para o problema e lembrou que a atitude deveria ser adotada em outros Estados.
“O que o Banco Mundial tem a dizer sobre os desastres é que eles não são efetivamente naturais, mas acontecem como causa do desenvolvimento das cidades. A tendência de aumento dessas ocorrências é uma realidade mundial, que afeta toda a população. No Brasil, o Espírito Santo larga na frente, pois está pensando nas estratégias para resolver o problema e evitar que novas áreas de risco surjam. As cidades devem ter planejamento territorial, reassentamento, sistema de alerta e dar resposta quando algo vier a acontecer. Mas lembro que gestão de risco é estratégia e depende tanto dos governos quanto da população”.
Posteriormente, os inscritos no seminário fizeram perguntas aos palestrantes e tiraram dúvidas que tinham sobre riscos geológicos. Ao fim da primeira etapa do evento, os participantes elogiaram o seminário.
“Temos um atraso de mais de 50 anos na preparação contra desastres. Esse evento vem ao encontro das demandas e nos ajuda e diminuir esse passivo. Tenho uma expectativa muito grande de intercâmbio de informações para que possamos acelerar a tomada de decisões para os Estados”, ponderou o representante do Serviço Geológico do Estado do Rio de Janeiro, Claudio Amaral.
A mesa de discussões do seminário foi composta pelos secretários de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, Iranilson Casado, e de Meio Ambiente, Paulo Ruy Valim Carnelli, e pelos prefeitos de Vitória - João Coser, de Viana - Angela Sias, e de Santa Leopoldina – Romero Hendringer. Também participaram especialistas em geologia nos cenários nacional e internacional, como Joaquin Toro, especialista sênior em Gestão de Risco de Desastre do Banco Mundial; Fernando Facciolla, presidente da Associação Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental (ABGE); e Celso Carvalho, diretor de Assuntos Fundiários do Ministério das Cidades.
O seminário segue nesta quinta-feira (11), com a realização de palestras presididas por representantes de associações de geologia, defesas civis, consultores em mapeamento e gestão de risco, assistências às vítimas de desastres naturais e de institutos de climatologia.
O seminário segue nesta quinta-feira (11), com a realização de palestras presididas por representantes de associações de geologia, defesas civis, consultores em mapeamento e gestão de risco, assistências às vítimas de desastres naturais e de institutos de climatologia.
Fonte:http://www.dio.es.gov.br/NoticiaDetalharForm.aspx?Id=618
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