quinta-feira, 7 de abril de 2011

Massacre em Escola do Rio de Janeiro - PARTE 1

Prezados leitores, não entrarei no mérito de abordar este fato triste do ponto de vista da violência urbana ou questões de ordem psicopatológicas que levaram um homem a cometer este horror, esta não é a proposta do blog, mas dissertarei quanto à “resposta” ao evento, que envolve entre outros profissionais, os de Defesa Civil.
Inicialmente entendamos que conceitualmente estamos falando de um desastre de origem humana ou antropogênica (CODAR – HS.CTE 22.215), nível 2, conforme consta nos manuais de Defesa Civil, que vai até nível 4 (estado de calamidade pública). Os Níveis de um desastre consideram não as circunstancias do desastre ou as características das vítimas, mas sim sua intensidade e se a resposta da localidade é suficiente para aquele evento adverso.
É o tipo e evento adverso que caberia perfeitamente a poderosa ferramenta gerencial Sistema de Comando em Operação (SCO), não na sua plenitude, mas o suficiente para aquela situação, pois o cenário tinha uma boa complexidade:

-Escola Municipal Tasso de Oliveira;
-Cerca de 300 alunos no horário da manhã;
-Alunos do 4º ao 9º ano;
-Prédio com 3 andares;
-Bairro Realengo, Zona Oeste do RJ (região de muito densa populacionalmente);

A primeira equipe de resposta foram os policiais militares do Batalhão de Transito que trabalhavam nas proximidades em uma operação de fiscalização, que ao adentrarem na Zona Quente, fizeram a contenção ao agressor, que foi a óbito (xx!). Interessante ouvir nos depoimentos a atitude de algumas professoras, que ao ouvirem os disparos, fecharam as portas e empilharam cadeiras em mesas na porta para impedir a entrada do agressor e mandaram os alunos a deitarem no chão.
Na seqüência, como está previsto no protocolo, os policias fizeram uma varredura no local para ver se havia mais algum agressor e liberou a entrada das equipes de socorro (bombeiros e SAMU). Isso me faz lembrar dos cursos de APH tático que estão se difundindo no Brasil, que treina os socorristas a agir em cenários hostis, busca e resgate com potencial de risco.
Chegaram várias aeronaves que pousaram em um campo de futebol e a triagem das vítimas foi feita no Hospital Estadual Albert Schweitzer, que fechou para atendimentos comuns e ativou o módulo de atendimento para desastres (excelente trabalho!).
Observei, centenas de familiares chegando à escola e entrando em desespero, onde entra um trabalho fundamental nesta circunstância, tanto para os familiares quanto para os sobreviventes, o atendimento psicossocial, que evitará seqüelas de um trauma como este.
Acompanhemos os desdobramentos deste evento e façamos uma analise técnica e tiremos aprendizado de tudo isso.

“Que Deus atenue o sofrimento dos familiares vítimas deste atentado e abençoe as almas destes jovens com a vida interrompida subitamente!!”






2 comentários:

  1. e esse jovem oke sera ke se passava na cabeca dele?nao sei o ke leva uma pessoa a tamanha violencia,e a tal carta o ke falava nela ...... ke deus cuide dos coracao de cada um e ke confortem a todos

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  2. O que será que motivou este monstro a fazer tal coisa? Talves poderia ser que ele estava sentindo raiva de ter sido regeitado por algumas paquerinhas de escola,pois pelo que consta ele mirou seu alvo, principalmente, em mininas, mas isso não é motivo para ele acabar com sonhos de crianças que seriam nossos futuros.Que Deus perdoe seus pecados, porque infelizmente não somos capazes de perdoa tal barbarie.
    MICHELE,BARREIRAS-BA

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