Subiu para 10 o número de cidades do Rio Grande do Sul que decretaram situação de emergência devido aos estragos causados pela chuva que atingiu o Estado no feriado de Páscoa. Na semana passada, 12 pessoas morreram.
Segundo boletim divulgado nesta quinta-feira pela Defesa Civil estadual, as cidades que encaminharam o decreto são: Taquari, Paverama, Pareci Novo, Fazenda Vilanova, Ivoti, Bom Retiro do Sul, Novo Hamburgo, Teutônia, São Sebastião do Caí, Bom Princípio, Capela de Santana, Lindolfo Collor e Cândido Godoi.
Outros 11 municípios encaminharam notificação preliminar de desastre --conhecido como Nopred: Santa Cruz do Sul, Piratini, Igrejinha, Cacequi, São Paulo das Missões, Tabaí, Montenegro, Portão, Rolante, Harmonia e Nova Hartz.
São mais de 36 mil pessoas afetadas pelas chuvas, de acordo com a Defesa Civil. Pelo menos 30 cidades tiveram prejuízos devido às chuvas. Os danos vão desde o destelhamento de moradias, estragos em estradas e pontes até a destruição completa de casas.
Mortes
Em Igrejinha (83 km de Porto Alegre), morreram sete pessoas da mesma família após uma torrente de lama, pedras e água ter varrido um grupo de casas situadas próxima a uma encosta às margens da rodovia RS-115.
Em Novo Hamburgo (35 km da capital), três crianças da mesma família morreram após a casa onde viviam ter desabado quando a enxurrada colocou abaixo um barranco. A chuva também deixou outras duas vítimas em Fazenda Vilanova e Sapucaia do Sul.
Prevenção de desastres
Após a tragédia, o governador Tarso Genro (PT) afirmou que pretende pedir ao ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, a inclusão do Rio Grande do Sul no Sistema Nacional de Alerta à Prevenção de Desastres Naturais.
O objetivo é tentar conter novos desastres por chuvas no Estado. Segundo o governador, o município de Igrejinha, onde morreram 7 das 12 vítimas, não era considerado área de risco.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, na semana passada, o governador também disse que estuda a criação de uma reserva da apoio com oficiais da Brigada Militar para atuar nessas situações.
Mercadante afirmou na segunda-feira (25) que os cortes orçamentários não atingirão a criação do sistema nacional de prevenção de desastres.
O monitoramento das áreas de risco para evitar tragédias foi uma das promessas de campanha de Dilma Rousseff em 2010.
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