Dois navios e duas lanchas da Marinha serão deslocados para Roraima, além de seis especialistas da Equipe de Gerenciamento de Desastres da Secretaria Nacional de Defesa Civil para ajudar o Estado durante a enchente recorde deste ano.
O nível do rio Branco, às 16h desta quarta-feira (08), permanecia o mesmo de ontem em Boa Vista – 10 metros e 26 centímetros acima do normal.
Já em Caracaraí, o volume das águas aumentou de 10m90 para 11m07.
As águas tendem a espraiar-se, segundo definiu o secretário extraordinário de Apoio à Gestão Integrada, engenheiro Orlando Martins Ribeiro Filho. Com isso, o volume do rio não aumenta na mesma intensidade, porém mais áreas serão alagadas.
No Baixo Rio Branco, segundo dados em poder da Defesa Civil do estado, das 15 vilas existentes nas proximidades do rio Branco, sete estão encobertas pelas águas.
A população desabrigada dessas localidades procura áreas mais altas ou se deslocam para outras comunidades menos atingidas.
A preocupação maior, neste momento, é com o atendimento a esses ribeirinhos isolados, que utilizam embarcações pequenas, ameaçadas pela força das águas do rio.
Lanchas
O responsável pela Marinha na Amazônia Ocidental, capitão-de-mar-e-guerra Odilon Leite, reuniu-se com o vice-governador, Chico Rodigues, e com o comando da Defesa Civil no estado e traçou um diagnóstico, depois de sobrevoar os trechos mais críticos entre Boa Vista e Caracaraí.
Ele decidiu que vai mandar de Manaus, imediatamente, duas lanchas para auxiliar na navegação fluvial.
Odilon Leite avaliou a situação de Roraima como muito crítica e disse que conversaria com os superiores, ainda nesta quarta-feira, sobre a necessidade de deslocar para o estado um navio de patrulha fluvial e um navio de assistência hospitalar para atender às populações ribeirinhas da foz do rio Branco até Caracaraí.
Ele dava como certo que as duas embarcações maiores – com 13 metros de altura – serão deslocadas para o estado, que no momento seria a maior preocupação do seu ministério.
A Marinha vai montar uma base em Caracaraí, onde será traçada a logística para atender à região do Baixo Rio Branco. Nesse município, ele conversou com pessoas que lidam com navegação, fez um diagnóstico e sugeriu providências imediatas.
O Corpo de Bombeiros já determinou que mergulhadores, com a ajuda de muncks, icem duas plataformas de embarque e desembarque de veículos que foram encobertas pelas águas e vai melhorar o local escolhido para atracar a balsa que está fazendo a travessia do rio, com a colocação de pedra britada para compactar o terreno.
A travessia do rio Branco em Caracaraí está sendo feita numa balsa improvisada, com capacidade para vinte toneladas, mas na manhã desta quinta-feira (09) a balsa que fazia a travessia do Passarão, com capacidade de 1.800 toneladas, chega aqueles município para substituir a menor, que ficará à disposição da CER (Companhia Energética Estadual), transportando óleo diesel para grupos geradores de cidades e vilas da região Sul do estado.
O coordenador nacional da Defesa Civil, tenente-coronel Werneck Matins de Carvalho, também está em Roraima e foi às áreas mais atingidas pelas enchentes.
Ele informou da vinda de seis especialistas em gerenciamento de desastres para ajudar a Defesa Civil do Estado na avaliação do cenário, no planejamento e na coordenação dos trabalhos. “São pessoas com poder de decisão e que vão evitar as formalizações burocráticas, pedindo o que for necessário diretamente de Brasília”, destaca o coordenador.
A Defesa Civil Nacional, ligada ao Ministério da Integração Nacional, já estudava com a estadual, nesta quarta-feira, a logística necessária para trazer a Roraima e distribuir as 13 toneladas de alimentos disponibilizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e que estão em Manaus (AM).
As informações são da Secretaria de Comunicação de Roraima.
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