segunda-feira, 20 de junho de 2011

O rompimento de um cano-mestre da Compesa (PE), provocou um deslizamento de terra que atingiu sete casas

Um  mês. Esse foi o prazo dado pela Companhia Pernambucana de Saneamento e Abastecimento (Compesa) para resolver a situação das sete casas atingidas pelo cano que rompeu no bairro de Jardim Brasil 2, em Olinda, no último sábado (18). 
A companhia está fazendo o levantamento dos prejuízos e garantiu que vai ressarcir todos que tenham sido atingidos. Além disso, o cano problemático será transferido para outra área – enquanto isso, os moradores vão ter o abastecimento prejudicado, com menor vazão nas torneiras, mas carros-pipa custeados pela Compesa vão complementar o serviço. “Nós vinhamos, em relação a vazamentos anteriores, executando um trabalho em parceria com a Prefeitura, com o objetivo de conter a encosta onde essa adutora passava. Essa encosta voltou a movimentar-se, foi quando ocorreu, no último sábado, o acidente, e nós estamos agora partindo para o remanejamento definitivo dessa adutora, não mais oferecendo risco nem ao sistema da Compesa nem tampouco às residências. A Compesa está concluindo o levantamento dos danos físicos que ocorreram na estrutura e nas residências e vamos providenciar o ressarcimento de todas as famílias que tiveram prejuízos materiais. A intenção é garantir o abastecimento, mesmo de forma precária, até a conclusão definitiva da obra. Esperamos que até o dia 20 de julho esperamos que tenhamos não só o ressarcimento como também toda a obra concluída, num prazo de 30 dias”, assegura o superintendente de Negócios da Compesa, Alex Ramos.O cano que rompeu pertence a uma adutora; o rompimento foi na barreira que fica na rua Cláudio Manoel da Costa. A barreira deslizou e o barro invadiu as casas dos moradores da rua Castro Alves. De acordo com eles, foi a quarta vez em nove meses que o cano se rompeu. Nesta segunda, quando a equipe da Globo Nordeste voltou ao local, viu que a água continua escorrendo entre as casas.Há cerca de um mês, o aposentado Aristides Paulo da Silva começou a fazer por conta própria um paredão de concreto, atrás da casa onde vive. A obra está custando R$ 30 mil, com dinheiro obtido através de empréstimos em bancos. Para o aposentado, foi o muro de arrimo que impediu que a lama da barreira entrasse na casa dele, após o rompimento do cano. “Se eu não tivesse feito isso aqui, tinha vindo muito mais barro, porque a pressão da água foi muito forte”, disse ele.O caminhoneiro Severino Vicente dos Santos perdeu móveis e eletrodomésticos. “Desde setembro passado que vem acontecendo esses vazamentos e eu vou trocando os móveis”, relembra. O filho dele, João Ricardo Irineu dos Santos, disse que os pais estão doentes e que a lama cobriu parte da história da família. “Minha mãe, infelizmente, eu já a encontrei chorando pelos cantos, porque todo o patrimônio dela foi essa casa, que trabalhou a vida toda para construir, e agora ela viu uma empresa pública destruir tudo e tratar tudo com descaso, o que é pior”, denuncia.


Fonte:http://pe360graus.globo.com/noticias/cidades/agua/2011/06/20/NWS,534948,4,69,NOTICIAS,766-COMPESA-PROMETE-REPARAR-DANOS-CASAS-ATINGIDAS-ADUTORA-ROMPIDA.aspx

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