quarta-feira, 29 de junho de 2011

Suspeita de ataque de tubarão no Pina (PE)

Suspeita de ataque de tubarão no mar do Pina, zona sul do Recife. O surfista Marlison Danilo Lima de França, de 20 anos, foi socorrido para o Hospital da Restauração (HR) com a perna direita bastante ferida.
O rapaz, morador da rua da Saudade, 12, no Pina, teria sido atacado por volta das 10h , numa área conhecida como Buraco da Véia e está sendo atendido na unidade de trauma do HR. O Corpo de Bombeiros confirmou que o Grupamento Maritmo foi acionado para a ocorrência.
Bastante abalada, a mãe do surfista, Conceição Lima dos Santos, chegou ao HR e foi informada de que a situação do filho está sob controle. Ele será submetido a uma cirurgia para sutura e limpeza da área afetada, para diminuir o risco de infecção, que é muito alto nesses casos. "Sempre pedi a ele para deixar de surfar. Dizia que não entedia de surfe, mas que entedia do perigo", contou.
Marlison foi socorrido pelo amigo Pedro Pilar dos Santos, 25 anos. O rapaz disse que Marlison estava no mar com um grupo de 10 surfistas, a uma distância de cerca de 15 metros da orla. Segundo ele, o grupo costuma surfar no local sempre que a maré baixa.
Ele contou ainda que viu o amigo pedindo ajuda, entrou no mar para resgatá-lo e o levou para o hospital no táxi do pai, José Paulo Pilar da Silva. No banco traseiro do carro, Marlison reclamava muito das dores, apresentava um forte sangramento na batata e na coxa da perna direita e dizia que temia morrer.
No dia cinco deste mês, o Diario de Pernambuco publicou uma matéria que denunciava a volta da prática do surf em áreas proibidas depois de um ano e oito meses sem incidentes com tubarão em Pernambuco. Para um estado que registrou 53 ataques com 20 mortos entre 1992 e 2009, a pausa nas ocorrências representava uma boa notícia, mas ainda não significava que a faixa de litoral proibida por decreto estadual para banho, prática de surf e outros esportes náuticos estivesse liberada.
Em alguns trechos do litoral tomados pelas placas de alerta sobre o risco de ataques de tubarão, surfistas desrespeitam as regras e praticam o esporte sem lembrar de um passado ainda recente. Diante dessa aparente calmaria nas praias do estado, integrantes do Comitê Estadual de Monitoramento aos Incidentes com Tubarões (Cemit) já pensavam na possibilidade de reduzir os limites da área de risco para ataques.
A fiscalização do trecho de praia proibido para a prática de surf e outros esportes náuticos é função do Corpo de Bombeiros, mas nem sempre a tarefa é fácil. Em Zé Pequeno, por exemplo, os surfistas dão trabalho. “Os bombeiros sempre vêm aqui. Nessas horas a gente tem que sair, senão eles levam as pranchas”, disse Diego Acioli, 21. Outro ponto problemático fica entre as praias de Itapuama e Paiva. Uma placa na terra indica que, no lado Norte, os esportes e o banho de mar são probidos, o que leva a crer que no lado Sul seria permitido. “Essa confusão acontece porque o decreto prevê que a proibição é válida até a última placa. Do mar, a pessoa fica sem entender onde está o limite. Quando os surfistas percebem que nós chegamos, eles correm juntos para o lado permitido”, contou o tenente-coronel Leodilson Bastos,  do Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar).

Fonte:http://www.pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=20110629104348&assunto=124&onde=VidaUrbana

Nenhum comentário:

Postar um comentário