A sede da Cruz Vermelha em Belo Horizonte, localizada na Alameda Ezequiel Dias, na Região Central da cidade, foi alvo de um incêndio de grande porte neste sábado (28), que resultou em 45 vítimas, entre mortos e feridos. Porém, a tragédia não passou de uma simulação para o treinamento de socorristas, entre eles bombeiros, guardas municipais e profissionais da saúde e do resgate. O objetivo da atividade foi preparar os agentes de salvamento para o atendimento humanitário em situações onde haja múltiplas vítimas.
O treinamento, chamado de Socorro em Situações Especiais, teve a participação de 40 socorristas e durou cerca de 1 hora e 30 minutos. A situação fictícia consistiu em realizar uma explosão no edifício de sete andares da instituição, o que gerou muita fumaça. Por todos os andares, 45 voluntários fizeram o papel das vítimas a serem socorridas. Elas estavam espalhadas pelo chão, gritando por socorro e tinham pelo corpo vários machucados feitos com maquiagem.
“Fazemos essa simulação para preparar nosso pessoal para situações reais. É importante conhecer as situações de tragédias e sentir na pele a urgência das vítimas para que, quando necessário, os socorristas possam agir de maneira eficiente”, explicou o enfermeiro da Cruz Vermelha André Leite de Araújo.
O coordenador de Socorro e Resgate da Cruz Vermelha de Belo Horizonte, Marcelo Félix, disse que este programa é baseado na junção dos conhecimentos em primeiros-socorros com outras noções de transporte tático, classificação de vítimas, risco de incêndio, desabamento e explosões, que os socorristas aprendem em suas aulas teóricas.
“Aqui é a hora de aplicarmos os conhecimento teóricos, que, se bem organizados e aplicados, podem salvar muitas vidas. É importante que um salvamento seja o mais organizado possível. Isso aumenta as chances de resgaste e sobrevida das vítimas”, afirmou.
Durante a simulação, após os resgates, os socorristas separaram as vítimas de acordo com a gravidade do ferimento e iniciaram o atendimento emergencial já fora do edifício.
A voluntária Vilma Soares, de 20 anos, fez o papel de uma das vítimas. Ela disse que se sentiu importante podendo colaborar com uma atividade essencial para a população. “Estamos aqui em uma situação de mentira, mas que serve para os socorristas terem uma noção do que ocorre em situações reais de perigo”, disse ela que é estudante de enfermagem e futura socorrista. “Tenho muita admiração pelos socorristas. Pretendo fazer um curso de socorrista voluntária”, contou.
O curso de socorrista é aberto para toda a sociedade, sem pré-requisitos para participar. Os interessados devem procurar a Cruz Vermelha e se inscrever. Ele tem duração de duas semanas e ocorre cerca de uma vez por mês. O objetivo é qualificar o socorrista leigo de forma a ser capaz de prestar atendimento de urgência/emergência, em nível pré-hospitalar. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (31) 3239.4200.
Fonte:http://www.hojeemdia.com.br/cmlink/hoje-em-dia/minas/cruz-vermelha-simula-tragedia-para-treinar-socorro-em-bh-1.286678
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