O Comitê Internacional da Cruz Vermelha anunciou neste domingo que conseguiu entregar comida a 24 mil pessoas na região da Somália controlada pelo grupo islâmico al-Shabaab, que das mais afetadas pela seca que assola o país.
Apesar de alimentar apenas uma pequena parcela dos somalis que estão passando fome (a ONU estima que sejam 2,2 milhões), a ação é importante pois indica que, apesar de o grupo ter proibido a atuação de algumas agências humanitárias nas áreas sob seu controle, outras estão conseguindo agir.
O Programa Alimentar Mundial, da ONU, uma das maiores agências humanitárias do mundo, é uma das organizações banidas pelo al-Shabaab. Além da Cruz Vermelha, a organização Médicos Sem Fronteiras também está conseguindo trabalhar na região.
Nesta segunda-feira, a FAO (agência alimentar da ONU), vai fazer uma conferência de emergência em Roma, com o objetivo de fazer um apelo incentivar os doadores para obter US$ 1,6 bilhão para combater a fome na região do Chifre da África, que além da Somália inclui também Eritreia, Etiópia e Djibuti.
Arroz e feijão
A Cruz Vermelha afirmou que a distribuição de comida aconteceu no sábado em áreas próximas à capital Mogadíscio e que agora estava movendo seus caminhões para outras regiões.
Os pacotes de alimentos continham feijão, arroz e óleo em quantidades necessárias para alimentar uma família por um mês.
A diretora-executiva do Programa Alimentar da ONU, Josette Sheeran, que está na Somália, disse que a agência tem capacidade para ajudar 1,5 milhão de somalis e disse que a insegurança no país está prejudicando o acesso a essas pessoas.
“Para lidar com isso, estamos desenvolvendo pacotes de comida que serão entregues por aviões. Também estamos trabalhando com líderes comunitários e aproveitando todas as janelas de oportunidade para garantir que a ajuda chegue aos famintos”, disse Sheeran.
Fonte:http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/07/110724_somalia_ajuda_mdb.shtml
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