O temporal que caiu sobre o Estado neste final de semana deixou nove pessoas mortas, de acordo com a Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe). Foram quatro mortos em Camaragibe, três em Olinda e duas no Recife, onde ainda continua desaparecido o dono de uma casa atingida por deslizamento de terra. Em todo o Estado, 70 famílias estão desalojadas e 449 estão desabrigadas.
O volume de chuvas registrado no Recife desde a quinta-feira passada (14) foi de 180 milímetros – em trinta anos, a média histórica de chuva na cidade foi de 250 milímetros para todo o mês de julho de acordo com Agência Pernambucana de Águas e Clima. Se somarmos toda a chuva que caiu na capital só este mês, o resultado chega 435 milímetros.
O último domingo (17) foi marcado por vários deslizamentos em alguns bairros da RMR. Os moradores de uma casa situada em Jardim Fragoso, em Olinda, acordaram assustados. A barreira onde estava sendo construído um muro de arrimo deslizou e levou a área onde era o quintal. “Ficamos com medo de que a casa descesse também com o que aconteceu”, afirmou o operador de máquina José do Nascimento.
O volume de chuvas registrado no Recife desde a quinta-feira passada (14) foi de 180 milímetros – em trinta anos, a média histórica de chuva na cidade foi de 250 milímetros para todo o mês de julho de acordo com Agência Pernambucana de Águas e Clima. Se somarmos toda a chuva que caiu na capital só este mês, o resultado chega 435 milímetros.
O último domingo (17) foi marcado por vários deslizamentos em alguns bairros da RMR. Os moradores de uma casa situada em Jardim Fragoso, em Olinda, acordaram assustados. A barreira onde estava sendo construído um muro de arrimo deslizou e levou a área onde era o quintal. “Ficamos com medo de que a casa descesse também com o que aconteceu”, afirmou o operador de máquina José do Nascimento.
As cidades da Região Metropolitana mais atingidas foram Abreu e Lima, Paulista, Camaragibe, Jaboatão, Olinda e Recife. Na Mata Sul, foram os municípios de Vicência, Timbaúba, Araçoiaba, Aliança e Goiana, onde está grande parte das famílias desabrigadas e desalojadas.
CAMARAGIBE
As quatro pessoas de uma mesma família que morreram soterradas em Camaragibe, no sábado, devem ser enterradas esta tarde no cemitério do município. Os mortos são Josefa Joana da Conceição, 52 anos, os netos Paulo Sérgio Sampaio, 15, e Letícia Sampaio, 7, e a mãe das crianças, Elizabete Barbosa de Lima, 31 anos. Os corpos estão no IML e devem ser liberados agora à tarde. O enterro está marcado para as 16h. Os sobreviventes são o pai das crianças, Sérgio, e o padrasto dele, Edson. Os dois foram medicados e estão na casa de parentes.
CAMARAGIBE
As quatro pessoas de uma mesma família que morreram soterradas em Camaragibe, no sábado, devem ser enterradas esta tarde no cemitério do município. Os mortos são Josefa Joana da Conceição, 52 anos, os netos Paulo Sérgio Sampaio, 15, e Letícia Sampaio, 7, e a mãe das crianças, Elizabete Barbosa de Lima, 31 anos. Os corpos estão no IML e devem ser liberados agora à tarde. O enterro está marcado para as 16h. Os sobreviventes são o pai das crianças, Sérgio, e o padrasto dele, Edson. Os dois foram medicados e estão na casa de parentes.
RECIFE
No Recife, um dos netos da dona de casa Maria Auxiliadora Borba ficou preso nos escombros depois que uma barreira deslizou e atingiu a casa dela, que fica em Águas Compridas. “Corri para a casa da minha mãe. A vizinha me socorreu e eu saí puxando as crianças debaixo dos escombros e levei para lá”, disse a dona de casa.
No bairro da Macaxeira, a jovem Jaqueline de Lima Cavalcanti, 23 anos, e a filha Jamili Vitória foram atingidas por um deslizamento de barreira na madrugada do domingo. Jaqueline de Lima foi internada no Hospital da Restauração, mas não resistiu e morreu às 3h dessa segunda-feira. A filha dela continua em observação, porém, já se encontra fora de risco.
Na Bomba do Hemetério, outra barreira caiu e atingiu um carro e uma casa. Alguns moradores tiveram até que tirar uma moto de maneira improvisada do local.
No Vasco da Gama, na rua Chagas Ferreira, uma barreira deslizou e destruiu três casas, mas ninguém ficou ferido. Perto do local, outro deslizamento foi registrado. Duas casas foram levadas pelo barro e outras estão ameaçadas. “A escadaria já tinha caído, porém eu liguei e fizeram um paliativo. Colocaram um muro de proteção, mas não teve como conter a água, aí caiu”, disse a auxiliar de serviço gerais Maria de Freitas.
DESAPARECIDO
Em Dois Unidos, o dono de uma casa que também foi atingida por um deslizamento não foi encontrado. O Corpo de Bombeiros usou uma retroescavadeira para vasculhar o local. “A vítima possivelmente tenha ido para o interior do Estado. Mesmo assim, como não conseguimos entrar em contato, nós iniciamos o processo com a escavadeira, tiramos todo o material, mas não encontramos nada”, afirmou o tenente Hugo Arruda, do Grupamento de Busca e Salvamento.
OLINDA
No Conjunto Jardim Brasil 5, em Aguazinha, Olinda, o aparecimento do sol na manhã desta segunda-feira (18) levou um pouco de tranquilidade à comunidade. Do sábado para o domingo, a comunidade viveu um pesadelo: a empregada doméstica Joana D’Arc Leite foi a primeira a acordar, às 3h da manhã, com o barulho provocado pela barreira que cedeu durante a chuva. A casa onde ela mora foi atingida e hoje ela precisou faltar o trabalho para retirar o que pôde. Ela foi uma das que ajudou a socorrer os vizinhos – a família inteira deles foi soterrada. "Quando eu abri a porta escutei ele e a esposa pedindo socorro, gritando. Chamei meu marido e comecei a gritar por socorro", ela conta.
De acordo com os moradores, a Defesa Civil de Olinda só esteve no local na tarde do domingo – isolou as casas de um lado da rua, todas encostadas à barreira. Mais de 15 famílias tiveram que trancar tudo e ir embora. Quem mora do outro lado da rua Maria Alice também foi orientado a passar a noite longe de casa por causa de um cano que fica no alto da barreira e que, de acordo com a Defesa Civil, pode cair a qualquer momento.
TRÂNSITO EM OLINDA
Os alagamentos provocaram transtornos em vários bairros de Olinda. Um motorista tentou fazer o retorno para escapar da enchente, mas o carro acabou caindo no canal dos Bultrins (foto 4). No bairro de Ouro Preto, mais um carro foi arrastado pela correnteza, em Ouro Preto, e ficou com água até a altura da janela (foto 5). Em Casa Caiada, um cinegrafista amador fez imagens dos moradores usando uma jangada para circular pela rua Carlos de Leite Moreira.
BOA VIAGEM
Em Boa Viagem, na Zona Sul, a rua Ernesto de Paula Santos está com um trecho interditado porque um serviço da Compesa provocou o rompimento do asfalto no fim de semana. A CTTU está desviando os carros pelas ruas Tenente Domingos de Brito, Desembargador João Paes e a avenida Visconde de Jequitinhonha, para só então os motoristas voltarem à Ernesto de Paula Santos. O conserto deve ser concluído ainda hoje.
GOIANA
Em Goiana, na Mata Sul, muitas pessoas perderam as casas e outras foram obrigadas a sair porque os imóveis estão inundados. Segundo levantamento da Prefeitura, 203 famílias estão desabrigadas, 606 pessoas não têm como voltar para casa e uma pessoa está desaparecida. Na pista no sentido Goiana-Recife, somente caminhões e carros mais altos se arriscaram a passar. Por medida de segurança, a Celpe suspendeu a energia em parte de Goiana e também nos municípios de Condado e Itambé.
AJUDA
As famílias que estão desabrigadas ou desalojadas receberão cestas de alimentos de pronto consumo, colchões, cobertores e kits de material de limpeza, de acordo com a Codecipe. “A partir de um levantamento que foi informado à Defesa Civil do Estado, o apoio será subvertido para que as pessoas possam ter o restabelecimento da normalidade”, afirma o gerente de Operações da Codecipe, capitão Leonardo Rodrigues.
ALERTA
A Codecipe reforça o alerta às defesas civis municipais e também às pessoas que moram em áreas de risco. “Em decorrência de três dias de chuva, o solo já está saturado, aumentando o risco de deslizamentos. Se a chuva voltar, a gente tem que ficar com atenção redobrada”, orienta o capitão Leonardo Rodrigues.
SERVIÇO:
-Defesa Civil de Olinda
0800 281 2112
-Defesa Civil de Camaragibe
(81) 2129.9564
-Defesa Civil do Recife (Codecir)
0800 081 3400
-Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe)
(81) 3181.2490
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