domingo, 3 de julho de 2011

Prefeitura do Rio faz exercício de desocupação nas comunidades em área de risco

O prefeito Eduardo Paes participou na manhã deste domingo, dia 3, do exercício simulado de desocupação das comunidades em áreas de risco, que aconteceu simultaneamente em 20 locais que já contam com o Sistema de Alerta e Alarme para chuvas fortes. Ao lado do subsecretário da Defesa Civil, coronel Marcio Motta, Paes acompanhou o simulado no Morro da Formiga, na Tijuca.
Quando a sirene tocou às 10h com a mensagem “há riscos de deslizamentos nessa área: moradores dirijam-se para locais seguros e pontos de apoio”, o prefeito Eduardo Paes participou do teste e foi até uma casa, em uma área de alto risco, buscar um casal de idosos. Em seguida, assim como será na prática, Paes levou o casal para um dos cinco pontos de apoio da comunidade da Formiga.
- Esse sistema é para salvar vidas. Estamos num simulado hoje, mas as pessoas têm que entender que quando a sirene tocar é porque há de fato um risco de desabamento. Pedimos a todas as comunidades que têm esse sistema de alerta para que as pessoas acreditem nesse trabalho – discursou Paes que enfatizou a importância do sistema.
- É para acreditar nessas sirenes. Por trás delas têm um levantamento sério sobre as áreas de alto risco na cidade, temos tecnologia, radar, meteorologistas 24h por dia, o Centro de Operações funcionando e o sistema que aciona essas sirenes a partir do momento que de fato o risco existe. Portanto, o que a gente precisa é que as pessoas acreditem que quando a sirene tocar é para sair de casa. A nossa prioridade é salvar vidas – disse o prefeito.
Cerca de 2.100 pessoas, entre técnicos da Defesa Civil, agentes e lideranças comunitárias participaram da ação de hoje nessas 20 comunidades, que contam com um total de 92 pontos de apoio, e uma média de 8 mil famílias residindo em áreas de risco. O exercício foi realizado para mobilizar os moradores das comunidades e fazer com que pelo menos um representante de cada moradia participasse da ação.
O subsecretário de Defesa Civil, coronel Marcio Motta, explicou o funcionamento desse primeiro treinamento:
- A nossa estratégia é o convencimento. Convencermos os moradores de que essa é uma atividade que vai salvar vidas. Começamos às 9h com envio de SMS informando que é um exercício simulado. No torpedo a informação era de que havia a possibilidade de chuva moderada a forte. Às 9h50 os agentes receberam o segundo SMS de que o evento severo estava confirmado e os agentes tinham que informar as pessoas que moram em áreas de risco para começar a retirada. Às 10h a sirene tocou. O momento de treinar é esse. É o período de normalidade que a gente não tem historicamente fatos de chuvas fortes. Até outubro a Prefeitura vai treinar 60 comunidades para quando a sirene tocar a comunidade saber o que fazer.
A instalação do Sistema de Alerta e Alarme começou em janeiro, com a implantação de um conjunto de sirenes no Morro do Borel, na Tijuca, uma das comunidades com alto risco de deslizamento. O sistema é acionado caso a Defesa Civil e o Alerta-Rio identifiquem que as chuvas chegaram a níveis críticos nestes locais. Com o auxílio de agentes da Defesa Civil, de lideranças comunitárias e de moradores da própria comunidade que passaram por capacitação, a população das áreas de risco é encaminhada para os pontos seguros mapeados na região. O sistema foi testado com sucesso durante as fortes chuvas que atingiram a região da Tijuca, em abril deste ano, quando nove comunidades tiveram as sirenes acionadas.
Morador do Morro da Formiga, Alan Pereira é um exemplo a ser seguido. Em uma forte chuva de abril deste ano, a sirene tocou e ele não confiou no alerta. Por pouco ele, sua esposa e seus dois filhos não foram atingidos por um deslizamento, que destruiu parte da casa deles.
- Eu pensava que nunca ia acontecer comigo. A sirene começou a tocar às 19h e só resolvi sair de casa à 1h. Logo em seguida o quarto onde estávamos dormindo foi destruído. Aprendi a lição por não ter confiado na sirene – disse Alan que até criou um “rap” sobre a importância da sirene.
As equipamentos funcionarão em 60 comunidades apontadas por mapeamento elaborado pela Geo-Rio. Atualmente, eles estão instalados nessas 20 comunidades e em 7 eles estão em fase de testes. O sistema conta também com aparelhos celulares cedidos aos agentes e lideranças da Prefeitura, que recebem SMS (torpedos) com alertas em caso de ocorrências de chuvas. Todas as comunidades mapeadas contam com representantes treinados para uso dos aparelhos.
Os agentes e líderes comunitários receberam um relatório fotográfico da sua área e uma cartilha com orientações, além dos telefones celulares. Os moradores das áreas onde estão sendo instalados os equipamentos de alerta também recebem material educativo para orientá-los e familiarizá-los quanto ao funcionamento do sistema.
As comunidades que receberam o exercício simulado de desocupação neste domingo são: Borel (Tijuca), Morro dos Macacos (Vila Isabel), Morro da Formiga (Tijuca), Morro da Liberdade (Tijuca), Matinha (Rio Comprido), Bispo (Rio Comprido), Morro da Chacrinha (Tijuca), Morro da Cachoeira Grande (Lins de Vasconcelos), Morro da Cotia (Lins de Vasconcelos), Santa Terezinha (Lins de Vasconcelos), Dona Francisca (Lins de Vasconcelos), Vila Cabuçu (Lins de Vasconcelos), Barro Preto (Lins de Vasconcelos), Nossa Senhora da Guia (Lins de Vasconcelos), Morro da Cachoeirinha (Lins de Vasconcelos), Arrelia (Andaraí), Morro do Encontro (Engenho Novo), Rocinha, Barão (Praça Seca) e Sítio do Pai João (Itanhangá).

Fonte:http://radioitaperunafm.com/site/2011/07/03/prefeitura-do-rio-faz-exercicio-de-desocupacao-nas-comunidades-em-area-de-risco/

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